Aqui, no excelso blog, encontramo-nos por vezes (demasiadas,quiçá) a carpir mágoas sobre o desaparecimento do verdadeirismo na bola lusitana. Os tempos de Barrosos, Andrés, Paulinhos, Matias, Formosos, Bandeirinhas, Velosos e outros que tais são já memórias algo distantes e turvas.
Tendo isto em mente, decidimos ver a bola actual através do prisma 80's. Ou seja, como seriam os jogadores de hoje em dia, se o dia de hoje fosse 31 de Março de 1986?
Pois bem, os primeiros clientes desta série que esperamos gloriosa como um corte de Michael Thomas ou remate de Barroso são dois dos mais carismáticos craques do relvado nacional. Jorge "Bicho" Costa, o epíteto do capitão arruaceiro, e Armando Petit, quiçá o último dos moicanos, no que respeita a genuínos broncos no futebol em Portugal.
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
quinta-feira, março 31, 2005
quinta-feira, março 10, 2005
Agatão. Chico Agatão.
"Hã??" - Parece dizer Agatão. Chico Agatão.
"Desafias-me para um duelo, pobre e imberbe chavelo a cheirar a leite? Corre para as saias da tua mãe! Ai, o catano." (in Chico Agatão 1980's-90's).
Estas frases percorreram vários estádios deste prado viçoso chamado Portugal, pois o caro Chico não virava a cara a um duelo. Obviamente, poucos ou nenhuns jovens tinham a coragem de desafiar o carismático carregador de piano, cujo nome termina em "ão" e tem uma frutuosa e esplendorosa bigodaça ibérica.
O seu ar de desdém por outrem não só vem na confiança inabalável em relação a todos os seus atributos recém-nomeados pelo excelso blog, mas também porque a casa de Vénus está alinhada com Júpiter, e como todos sabemos, quando isso sucede, os portadores de bigode estão menos atreitos a um ataque de caspa. Caspa, que como temos conhecimento, minou a carreira de muitos futebolistas, incluindo o viseense Paulo Sousa, tantos meses parados devido a caspa crónica. Foi uma pena.
Mas voltando a Chico, Chico Agatão, fiquem sabendo que este capitão do esférico, componente integrante do restrito lote de capitães de bigode com nome terminado em "ão", arrasou várias carreiras de imberbes diletantes da bola. Já pensaram no que terá acontecido a Gil, Akwá, Samuel, Jaime Cerqueira, etc? Nem mais.
Agatão, seu bigode, e seu fiel compadre de armas Parente desfizeram carreiras promissoras a pó. (não confundir com caspa).
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
terça-feira, março 08, 2005
Com Barros ou 100 Barros
O número 100 costuma ter implicações especiais. Por exemplo, nas rifas, o 100 é o maior prémio. Todos nos recordamos que no secundário a aula 100 era motivo de festa. Tal como para um goleador é o seu golo 100. Ou a bela nota de 100 Escudos com o Fernando Pessa, se bem me lembro.
Pois nas cadernetas, pelos vistos o cromo 100 também é uma verdadeira prenda, um maná dos céus.
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
Pois nas cadernetas, pelos vistos o cromo 100 também é uma verdadeira prenda, um maná dos céus.
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
As Quinas
As Quinas.
Um pilar na fundação do "ser português", ou "portugalidade", expressão que conheceu o seu ponto de rebuçado durante o Euro 2004. Nove anos antes, as quinas procuravam significado e substância de substrato com afinco, e foi na bola que o fizeram. Mais concretamente na cidade de Marcelo, Tó-Sá e os restantes estudantes. Cinco era o número em voga. Cinco de revivalismo. Cinco de pujança. Cinco de bola. Cinco de minutos.
O espadachim Rui Carlos destanciava-se dos demais pelo seu ar cristão e defensor dos bons costumes da monarquia de D.Duarte Pio I, o Sagaz. Com uma perinha cuidadosamente aparada e desenhada, impunha o temor que só um fidalgo de bom sangue, espadachim de eleição, o poderia fazer. Porém, não o poderia fazer sozinho.
Tinha a seu lado um mito. Mito, para ser mais concreto. Este mito da bola, Mito, rivalizava claramente com Mickey pelo título de melhor alcunha coimbrã. Rivalidade essa que foi o cerne da afamada e infame Questão Coimbrã, que não foi mais senão a expulsão de Mickey do grupo dos Quinas por "este grupo ser pequeno demais para ambos os dois." (dixit Mito, 1994). Desta feita, outro valente espadachim tomou o seu lugar.
Um jovem aspirante a altos vôos. Seu nome era Jorge Silva e seu sonho era jogar na selecção nacional. Um jovem de grande valor táctico, que se movimentava no relvado ao ritmo e sequência de uma partida de xadrez. Este jovem foi posto debaixo da asa fraterna e atenta de um mito da bola: Febras.
Não mito Mito, mas mito assim com minúscula. Febras. O seu ar brolhesco não engana. Era o mais rudimentar de todos, mas destacava-se claramente por ser o autor da famosa frase, que ainda perdura nos dias de hoje: "A febra marchava!..." Claro que a sua alcunha não estará directamente relacionada com este facto, pois este orgulhoso portador de monocelha tão robusta era mesmo especialista em pôr as febras no tacho.
Estes quatro valentes e valorosos espadachins levitavam á volta de Dinis, o grande guru. Palavras para quê? Grande Dinis.
Grande, grande Dinis.
És grande, Dinis.
És um mito.
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
Um pilar na fundação do "ser português", ou "portugalidade", expressão que conheceu o seu ponto de rebuçado durante o Euro 2004. Nove anos antes, as quinas procuravam significado e substância de substrato com afinco, e foi na bola que o fizeram. Mais concretamente na cidade de Marcelo, Tó-Sá e os restantes estudantes. Cinco era o número em voga. Cinco de revivalismo. Cinco de pujança. Cinco de bola. Cinco de minutos.
O espadachim Rui Carlos destanciava-se dos demais pelo seu ar cristão e defensor dos bons costumes da monarquia de D.Duarte Pio I, o Sagaz. Com uma perinha cuidadosamente aparada e desenhada, impunha o temor que só um fidalgo de bom sangue, espadachim de eleição, o poderia fazer. Porém, não o poderia fazer sozinho.
Tinha a seu lado um mito. Mito, para ser mais concreto. Este mito da bola, Mito, rivalizava claramente com Mickey pelo título de melhor alcunha coimbrã. Rivalidade essa que foi o cerne da afamada e infame Questão Coimbrã, que não foi mais senão a expulsão de Mickey do grupo dos Quinas por "este grupo ser pequeno demais para ambos os dois." (dixit Mito, 1994). Desta feita, outro valente espadachim tomou o seu lugar.
Um jovem aspirante a altos vôos. Seu nome era Jorge Silva e seu sonho era jogar na selecção nacional. Um jovem de grande valor táctico, que se movimentava no relvado ao ritmo e sequência de uma partida de xadrez. Este jovem foi posto debaixo da asa fraterna e atenta de um mito da bola: Febras.
Não mito Mito, mas mito assim com minúscula. Febras. O seu ar brolhesco não engana. Era o mais rudimentar de todos, mas destacava-se claramente por ser o autor da famosa frase, que ainda perdura nos dias de hoje: "A febra marchava!..." Claro que a sua alcunha não estará directamente relacionada com este facto, pois este orgulhoso portador de monocelha tão robusta era mesmo especialista em pôr as febras no tacho.
Estes quatro valentes e valorosos espadachins levitavam á volta de Dinis, o grande guru. Palavras para quê? Grande Dinis.
Grande, grande Dinis.
És grande, Dinis.
És um mito.
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